Será que a criação de um logótipo é suficientemente forte para apelidar a isso de marcas? Para muitos branding é simplesmente criar um logótipo, não está totalmente errado, mas também não está correto.
As origens
Quando falamos em brand estamos a adotar um estrangeirismo (anglo-saxónico) da palavra “marca”. Tem origem do antigo Escandinavo e significa literalmente o ato de queimar.
Esta designação passou a estar associada ao ato de marcar, era assim que os agricultores marcavam as cabeças de gado com o objetivo de identificar a propriedade das mesmas, a grande vantagem era a valorização e reconhecimento dos criadores conhecidos pela qualidade do seu gado, uma espécie de certificação ancestral.
Nos dias de hoje
Essa prática ainda é usada nos dias de hoje para identificar e distinguir produtos, bens ou serviços, sendo uma das principais funções das marcas.
Mas a história da marca viaja até às civilizações da Grécia e da Roma antiga. Já nessa época, era habitual cravar na base das peças de olaria e cerâmica as marcas que podiam ser pequenos símbolos tipo, como triângulos, cruzes, impressões digitais ou algo mais complexo.
No entanto, é a partir do século XIX (com a revolução industrial) que a sua utilização passa a ser largamente utilizada com a produção e comercialização em massa. Foi assim que a palavra começou a dar os primeiros passos e a ter uma aplicação efectiva. Ainda hoje existem marcas datadas desse tempo, como são exemplos a Coca-Cola, a AEG e a Heinz.
O que é um logótipo?
A palavra vem do grego “logos” – palavra, significado “typos”– figura. Sendo assim, o logótipo é a tipografia estilizada de um conceito do nome onde podemos associar um símbolo que seja a representação visual dos valores que uma marca representa.
Os tipos de marcas que existem do ponto de vista gráfico
Para saber qual é o tipo certo de marca para cada projeto, temos que conhecer a divisão das suas características gráficas. Para isso criamos um gráfico de forma a ser mais fácil a sua interpretação.

Os tipos de marcas que existem do ponto de vista do marketing
A marca é um ativo da empresa que tem ganho cada vez maior importância. Esta é sinónimo de competitividade e de permanência no mercado.
Cria valor para o consumidor e para a empresa, tornando-se imprescindível a maneira como é então comunicada. Mas, mais importante do que comunicar a marca, é a forma como esta pode ser vista e quais podem ser as suas funções.
As marcas são agrupadas em três grandes categorias. Assim, podemos vê-las dispostas da seguinte forma:
A Marca institucional
Designa a instituição
A utilização da marca institucional pode assumir três categorias:
Marca Institucional Pura
Designa a instituição, mas não é destacada nos produtos da empresa. A função da marca é unicamente institucional.
Por exemplo a Unicer que coloca os seus produtos com uma marca própria, mas distinta da institucional, como a Super Bock, Abadia, Vitalis, Caramulo, Frisumo, Frutis, etc…
Marca Institucional Umbrella
Esta categoria identifica simultaneamente a atividade institucional da empresa e todos os seus produtos. A Yamaha, a Michelin e a Sony são exemplos de empresas que utilizam a marca institucional como marca dos seus produtos.
Marca Institucional Híbrida
Nesta subcategoria, a marca identifica a própria empresa/instituição e alguns dos seus produtos, tendo os outros marcas próprias.
No caso da Gillette temos espumas e lâminas de barbear, mas por outro lado temos também as pilhas Duracell, que apesar de pertencerem à mesma instituição, não se chamam Gillette.
Marca produto
Designa a marca do produto
A cada produto corresponde um posicionamento e uma marca específica. Muitas vezes a marca produto é uma marca de gama, porque abarca produtos diferentes.
Exemplo disso é a marca Pantene – Champô, Amaciador.

Marca Umbrella
Abrange diversas categorias do produto
Contrariamente à marca produto, que é específica para cada produto ou cada gama de produtos, a marca umbrella é utilizada para identificar várias categorias de produtos, independentemente da sua semelhança ou posicionamento. Tratam-se de marcas genéricas que estão presentes em todos os produtos da empresa. Temos a Lego – Roupa, Jogos, Revistas e a Yamaha – Motos, Guitarras.
Existem também as marcas derivadas das Marcas Produto e das Marcas Umbrella e que são, sem dúvida nenhuma, bastante importantes devido ao peso que ocupam no mercado, entre elas destacamos:
Marca-Gama:
Refere-se a uma marca atribuída a uma gama de produtos. A Compal tem o Compal Light, Compal Fresh, Compal Vital.
Produto-Marca:
Designa um produto proposto por uma só empresa que, por falta de denominação genérica do produto, não pode identificar-se senão pela sua marca. Neste caso, podemos dar como exemplo os Post-it.
“Uma marca tem 6 níveis de significados: benefícios, atributos, valores, personalidade, cultura e consumidores”
Philip Kotler